Estou no o Rio Grande do Sul, à convite da Assembléia Legislativa gaúcha, participando da importante Audiência Pública, que debaterá a prática de sacrifício de animais nos rituais religiosos.
Apesar de respeitar todas as religiões e ser contra qualquer manifestação de intolerância, entendo que o direito à liberdade religiosa não é absoluto e deve se submeter às restrições previstas a qualquer atividade. E neste caso, o limite é a vida.
Com respeito mútuo, começamos agora as reuniões preliminares, que antecederão a Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Na presidência, a Deputada Regina Becker. Ao meu lado a Secretária Municipal Adjunta da Secretaria do Povo Negro, Elisete Moretti. Participam também, diversas lideranças religiosas.
Audiência com cerca de 200 ativistas e aproximadamente 3.500 religiosos, que estão no Teatro e nas ruas próximas.
Tem até Deputado católico apoiando os rituais. O que o voto não faz.
Recebi o carinho do ativismo do Sul, o que muito me emocionou.
A reunião, felizmente, não tem caráter de resolução, ou seja, não tem votação. É apenas instrutiva. Ainda bem.
Texto:
O sacrifício de animais em cerimônias religiosas poderá ser proibido no Rio Grande do Sul, caso o projeto de lei da deputada Regina Becker Fortunati (PDT) seja aprovado.
Segundo Regina, o sacrifício não se justifica “porque a humanidade cada vez mais se empenha na proteção do animais e do ambiente”, destacando que outros rituais foram extintos, como a oferenda de virgens em altares e a imolação de cordeiros em troca de dádivas divinas.
O conselheiro-geral do Conselho Estadual da Umbanda e dos Cultos Afro-Brasileiros, Clovis Alberto Oliveira de Souza, o Pai Clovis do Xangô, afirmou que os rituais são realizados com respeito e gratidão ao animal e que os genuínos umbanditas não toleram crueldade. “A ideia é negociar uma regulamentação que permita o sacrifício animal, mas sem ofender sensibilidades”.
A assembleia gaúcha vai realizar, nesta terça-feira, uma audiência pública para discutir o tema com representantes de diversos estados.
O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB, Reynaldo Velloso, vai representar o Rio de Janeiro. Ele destacou que respeita todas as religiões, mas vai apresentar um parecer contrário ao sacrifício de animais. “É um equívoco pensar que sacrifícios de animais em rituais religiosos está adstrito somente às religiões de origem africana, isso seria uma falta de respeito, não vamos atrelar esta discussão a questões raciais ” “Entendo que o direito a liberdade religiosa não é absoluto e deve se submeter às restrições previstas a qualquer atividade. E neste caso, o limite é a vida”, disse.
O resultado da Audiência Pública gerará um relatório, que após aprovado, será levado para o plenário da casa legislativa e votado definitivamente. O culto tem que ser o “Culto da Vida”.
Disponível em: http://mundofaunaflora.blogspot.com.br/2015/03/reynaldo-velloso-limite-para-rituais-e.html
Em 25/3/2015.







Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.