As vantagens econômicas da substituição da tração animal não só para o turismo, mas também para os próprios charreteiros, não deixa dúvida.
O caminho é longo, mas a aceitação unânime dos testes na Cidade Imperial já significa a possibilidade da substituição, NUNCA antes admitida.
E vamos caminhando. Um passo de cada vez.
Texto:
Substituição de charretes por carros elétricos avança em Petrópolis
Fonte: redação da Tribuna do Advogado
O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, Reynaldo Velloso, esteve nesta segunda-feira, dia 20, na Câmara Municipal de Petrópolis, em reunião com o Petrópolis Convention Bureau, órgão responsável pela programação turística da cidade. No encontro, Velloso tentou demonstrar que o turismo da região não sofrerá refluxo na ausência dos transportes de tração animal e discutiu os aspectos técnicos da possível alteração deste modelo por carros elétricos, a óleo diesel ou outros a serem definidos. O objetivo da CPDA é acabar com as charretes na região, a exemplo do que já foi feito em Paquetá.
A implantação de até três protótipos de carros elétricos foi aprovada no encontro. Os veículos, que seriam ecologicamente corretos para a região, ficarão em testes por pelo menos quatro meses.
“Charrete não é uma questão cultural e turística, é uma acomodação. Já observamos várias cidades do mundo que estão trocando a tração animal por veículos elétricos. Hoje em dia, o respeito pelos animais avança de forma concreta e em breve a conscientização da sociedade não aceitará mais este transporte”, disse o presidente da CPDA.
Na reunião, foram discutidos, também, onde os cavalos ficarão em caso do fim das charretes, a manutenção dos veículos e os custos de implantação.
O primeiro encontro para tratar deste assunto foi realizado no fim de maio com os condutores de charretes do município, ativistas e protetores. Segundo Velloso, o encontro foi promissor para os objetivos propostos.
Para os especialistas, os custos para a manutenção dos equinos são infinitamente superiores ao veículo elétrico, a diesel ou a gasolina. “Na utilização de animais, os charreteiros tem que prestar contas à fiscalização com vacinas, tratamentos, alimentação, verificação de maus-tratos, acompanhamentos constantes e trocas quando o cavalo estiver sem condições de continuar”, detalha o presidente da CPDA.
Camila Thess, presidente do Petrópolis Convention Bureau, aprovou a ideia e disse que esta situação pode melhorar o turismo. “Será possível ao turista ser transportado pelos novos veículos nos trajetos até o hotel onde esteja hospedado.”
Para Gilda Beatriz, presidente da Comissão Especial de Medidas para a Substituição dos Serviços de Charretes, este pode ser o despertar do turismo da cidade, pois esta discussão pode proporcionar outros roteiros para os condutores, hoje restrito ao Centro Histórico de Petrópolis.
No Brasil, a primeira grande iniciativa obteve êxito, na Ilha de Paquetá, após a assinatura de um termo entre a OAB/RJ e os profissionais da região.
Fonte: Portal OAB/RJ. – 21/6/2016.
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