A retirada dos cavalos que puxam as charretes de Paquetá foi feita na manhã desta quinta-feira, dia 19, pela prefeitura. No início de maio, a Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OAB/RJ já havia noticiado a medida, conquistada através de um termo de ajustamento (TAC) assinado pelo grupo e pela Associação dos Charreteiros do local. De acordo com a decisão, os animais seriam removidos por conta da precariedade das cocheiras, que apresentavam esgoto a céu aberto e falta de rede sanitária.
Um laudo do Ministério Público do dia 9 de maio atestou as más condições do lugar e um parecer do MP, do dia 12, recomendou a retirada imediata dos animais.

A comissão destaca que os cavalos dormiam em chão de concreto, dentro de baias pequenas, com cerca de dois metros quadrados. Apesar de as cocheiras estarem interditadas pela Defesa Civil desde 2010 – quando um temporal fez deslizar a encosta do morro junto ao muro lateral, derrubando uma parede e soterrando um animal – , os charreteiros continuavam usando o lugar, pois não tinham onde deixar os cavalos.

A CPDA informou, ainda, que os charreteiros aceitaram substituir os cavalos por carros elétricos, que serão doados pela Prefeitura. Presidente da comissão, Reynaldo Velloso, está desde 2014 em negociações com os trabalhadores para solucionar o problema. A escolha de carros elétricos partiu deles, comenta Velloso. “Eles queriam um transporte com condições adequadas ao terreno da ilha”, afirma.
Os animais serão encaminhados para a fazenda-modelo municipal, que fica em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, onde há o Centro de Proteção Animal (CPA). Em entrevista ao
Assim como em Paquetá, em Petrópolis também há um movimento pelo fim das charretes, lá conhecidas como Vitórias, capitaneado pela Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ. Na última semana, um cavalo caiu e ficou preso ao veículo pelo pescoço.
Outros vídeos sobre a luta de Paquetá podem ser vistos no meu canal do YouTube.
Fonte: Portal da OAB/RJ. – 19/5/2016.