Abrigos de animais, especialmente de gatos, estão em festa. Agora estas organizações poderão obter o remédio contra a esporotricose de forma mais rápida e providenciar o tratamento contra a doença de forma qualificada e com acompanhamento. Uma reunião realizada hoje (20) no Instituto de Medicina veterinária, entre o Presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ, Reynaldo Velloso; o Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Cícero Pitombo e o Diretor Geral do Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, Gil Vicente, selou o acordo para estes atendimentos. Esta resolução foi definida em dois Seminários realizados este ano na sede da OAB com vários profissionais das áreas médica e jurídica e já está sendo considerado como um grande avanço no apoio aos Abrigos que não tem possibilidade de levar inúmeros felinos até o Instituto para receber o Itraconazol. Os Seminários 1 e 2 “ Esporotricose: a culpa não é do gato” teve como objetivo esclarecer a população sobre a real causa da doença. Foi criada então a Agenda Esporotricose, que culminou com o acordo selado nesta terça-feira.
Pelo acordo, o IJV determinará os protocolos necessários de doação e acompanhamento, o CRMV fiscalizará a atuação do veterinário responsável pelos laudos através de uma Comissão especialmente criada e a CPDA/OAB, acompanhará os desfechos na salvação das vidas dos felinos e auxiliará a regulamentação e regularização dos Abrigos.
“Era nosso desejo antigo proporcionar aos Abrigos esta logística. Esta medida vai salvar inúmeras vidas que antes, devido às faltas de condições operacionais não eram atendidas”, disse Reynaldo Velloso, presidente da CPDA/OAB.
Para Cícero Pitombo, do CRMV, “é um grande passo para resolver esta questão”.
Gil Vicente, Diretor do IJV, acrescentou: “Nossa instituição deseja colaborar para diminuir o a incidência dessa doença. Faltava este diálogo, que agora se realizou”.
Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. Desde o final da década de 1990, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido grande a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos. Há tratamento para a micose, e o diagnóstico dos animais já pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. A recomendação é não abandonar ou sacrificar o animal com suspeita da doença. Deve-se Procurar o tratamento adequado e se informar sobre os cuidados que deve ter para cuidar de seu animal sem colocar em risco a própria saúde.
Reynaldo Velloso (ao centro), Cícero Pitombo (terno verde) e Gil Vicente (camisa azul):
Fonte: Portal Jus Brasil Notícias – 22/9/2016.
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