Cientistas Planejam Trazer de Volta Espécies Extintas como Mamutes e Dodôs

Os cientistas têm um sonho, que é trazer de volta à vida espécies extintas. A empresa, por exemplo, Colossal Biosciences tem um plano ambicioso de “ressuscitar” animais desaparecidos, como mamutes, dodôs e lobos-da-tasmânia. Essa história até parece ficção científica, onde somos transportados ao passado, mas não é. Graças aos avanços da Engenharia Genética, logo será possível realizar essa desextinção de milhares de anos. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Os objetivos por trás da desextinção de espécies extintas

A Colossal Laboratories & Biosciences, empresa de biotecnologia sediada nos Estados Unidos, já está na vanguarda de iniciativas revolucionárias da ciência. Desde sua fundação, em 2021, ela já trabalha com técnicas de Engenharia Genética, incluindo edição de DNA e tecnologia CRISPR, para encontrar uma solução para trazer animais de volta à vida, especialmente o mamute lanoso (Mammuthus primigenius), uma espécie extinta há cerca de 4.000 anos.

Segundo os representantes da Colossal Biosciences, o objetivo de todo esse trabalho seria contribuir para a biodiversidade e a saúde ecológica do nosso mundo em constante mudança. Tal feito seria uma esperança ao combate às mudanças climáticas. Explicando melhor, os mamutes eram mamíferos resistentes ao frio e sua reintrodução na tundra ártica poderia contribuir para a manutenção do permafrost, ajudando a retardar o derretimento do gelo e a liberação de gases de efeito estufa.

A tecnologia de engenharia por trás do processo de desextinção

Neste momento, a equipe da Colossal Biosciences está modificando o DNA de elefantes asiáticos – seu parente vivo mais próximo, com 99,6% de similaridade genética – para incorporar características dos mamutes, como resistência ao frio. Funciona assim: os cientistas pegam DNA recuperado do animal extinto no Ártico como base para o projeto. Depois, preenchem o genoma dos elefantes com 0,4% do genoma do mamute (células-tronco) via tecnologia CRISPR, uma ferramenta de edição de genes, para criar um híbrido que exiba traços semelhantes ao mamute original.

Os embriões viáveis produzidos em laboratório devem ser colocados em úteros adequados de elefantas africanas – por hora, essa se mostrou a melhor opção para a gestação. A empresa acredita que, até 2028, será possível ver os primeiros resultados desta empreitada.

A importância ecológica da desextinção de animais

Antes de tudo, vale dizer que uma espécie de animal acaba extinta quanto o seu habitat é afetado. Sabemos que a ação do homem sobre a natureza é cada vez mais prejudicial ao planeta, provocando um desequilíbrio completo dos biossistemas. A desextinção poderia ajudar a restaurar esse equilíbrio, fornecendo uma oportunidade única para corrigir alguns dos danos já causados por nossas atividades. Agora, não há garantias de que mais essa interferência dê certo.

Esse assunto, incluindo todas as suas implicações éticas, já resultou em debates acalorados na comunidade científica. Muitos se perguntam como ficaria, nessa história, o bem-estar desses novos animais e dos já existentes, como seria a interação entre eles; e tem mais, como aconteceria essa inserção na natureza de animais criados em ambientes artificiais, tão diferentes dos seus ancestrais.

A saber, além do mamute, há outros projetos de desextinção em andamento. Como dissemos antes, existem planos para ressuscitar o dodô, que é uma ave extinta em 1681, e o lobo-da-tasmânia, um marsupial extinto em 1936.

A visão dos cientistas para o futuro do planeta Terra

Os cientistas dizem que devemos nos preparar melhor para o futuro. Com auxílio da engenharia, veremos a aplicação de pesquisas e tecnologias em outros campos da biotecnologia, incluindo o tratamento de doenças e a conservação de espécies ameaçadas. Os animais extintos voltarão à vida a partir de material genético armazenado em bancos de genética. E sabendo superar quaisquer riscos, esse será um marco na história da humanidade – talvez só comparável à chegada do homem à Lua no século XX.

Fonte:engenharia 360 – 24/6/2024.

Disponível em:https://engenharia360.com/engenharia-genetica-ressucita-especies-extintas/