Comissão de Proteção dos Direitos dos Animais (CPDA) da Seccional expôs os suplícios por que passam os animais forçados a carregar charretes e carroças. A questão é sensível sobretudo em cidades turísticas como Petrópolis, Paraty e Miguel Pereira. O presidente da comissão, Reynaldo Velloso, conduziu os trabalhos. O evento, que teve apoio do Instituto São Francisco de Assis (Isfa), foi transmitido no Canal da OAB/RJ no YouTube.
A diretora de Educação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Elizabeth Mac Gregor, as ativistas Silvia Mibielli (que atua em Paquetá) e Elizabeth Amorim (de Petrópolis) e o médico veterinário especialista em equinos Alceu Cardoso compuseram a mesa.
Herança colonial, o uso de animais de tração causa vários tipos de sofrimento, já que há peso excessivo da carga, acima das forças do animal, trabalho ininterrupto, com poucas ou sem horas de descanso, alimentação inadequada e exposição às intempéries, frisou McGregor.

Velloso falou sobre o caso de Petrópolis, onde a câmara dos vereadores pediu um plebiscito para deliberar sobre a tração animal. A população vai votar no mesmo dia das eleições majoritárias, em outubro.

“Nós da CPDA entendemos que qualquer mudança precisa levar em conta a garantia de empregabilidade dos charreteiros, o lugar onde vão ficar os animais e o respeito ao turismo da cidade. Há que se ter diálogo com a sociedade, não é uma guerra. Paquetá, onde esse processo já ocorreu, é uma referência”, disse ele.

Fonte: Portal OAB/RJ  –  23/8/2018.