RIO – A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB do Rio, fez uma nova vistoria nesta terça-feira no zoológico do Rio. O grupo analisou as condições em que os animais estão vivendo no local. Segundo o presidente da comissão, Reynaldo Velloso, não foram encontradas irregularidades no espaço.

— Os bichos estão sendo bem alimentados e com os remédios em dia. Os que precisam de mais espaços já mudaram para jaulas maiores. Ficamos muito contentes com a sentença do Tribunal de Justiça, que evitou que o zoológico se transformasse num cemitério de animais — disse o presidente da comissão.

Numa vistoria realizada no dia 23 de outubro, o órgão havia concluído que os animais seriam os maiores prejudicados caso o Grupo Cataratas tivesse que devolver o zoológico à prefeitura. Nesta segunda-feira, a Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas informou que o a Justiça autorizou o Grupo Cataratas a voltar a administrar o espaço.

De acordo com a secretaria, no entanto, o espaço não será reaberto imediatamente. O local ficará fechado por um período para passar por reformas. As intervenções já estavam previstas antes de o zoológico ser fechado no dia 6 de outubro.

A prefeitura informou que o Grupo Cataratas retomou imediatamente os planos de revitalização e trabalhará para devolver o espaço à população o mais rápido possível. A divulgação da data de reabertura deverá acontecer nos próximos dias.

Uma liminar suspendeu no dia 6 de outubro a concessão do Zoológico do Rio, três dias após o Grupo Cataratas assumir a administração do espaço. A decisão da desembargadora Marcia Cunha Silva de Carvalho pede a anulação do edital de licitação.

De acordo com a liminar, em vez de promover as reformas necessárias e adequar a estrutura do zoológico às exigências ambientais, a prefeitura “resolveu privatizar o Jardim Zoológico, vendendo aquele bem público de valor inestimável”. Além disso, a prefeitura, de acordo com a decisão, desrespeitou o artigo 17 da Lei de Licitação.

O zoológico do Rio, o mais antigo do país, chegou a ser interditado pelo Ibama em janeiro deste ano.

Fonte: Jornal O Globo – 29/11/2016.