Reprodução assexuada é o fenômeno biológico conhecido como partenogênese.
É a primeira vez que o fenômeno foi registrado entre a espécie de réptil, que é conhecida como dragão-d’água-chinês.
Cientistas do instituto Smithsonian, nos Estados Unidos,registraram a reprodução assexuada de um dragão-d’água-chinês (Physignathus cocincinus) pela primeira vez. Tal fenômeno biológico é chamado de partenogênese e ocorre quando há a criação dos embriões pela fêmea de forma independente, ou seja, não envolve a necessidade da presença de um macho para a fertilização.
Embora o fenômeno seja muito mais comum entre plantas e insetos, recentemente o mesmo acontecimento foi registrado em uma cobra píton pela segunda vez. A partenogênese também já foi foi documentada em um número limitado de outras espécies de lagartos e cobras, além de tubarões e pássaros.
De acordo com os especialistas do instituto, o animal chegou no Museu Smithsonian em 2006 com o intuito de servir como um “embaixador”, ou seja, ser observado e estudado, mas não reproduzido. Desde então a fêmea nunca entrou em contato com machos da espécie: quando ela começou a produzir ovos em 2009, a equipe deduziu que eles seriam inférteis.
Foi apenas em 2015 que os biólogos decidiram incubar os ovos para estudar sua fertilidade — e tiveram uma surpresa. Apesar de estarem mortos, foi observada a formação de filhotes dentro dos ovos. Então, no fim de 2018, o fenômeno ocorreu novamente e desta vez gerou lagartinhos saudáveis.
Além da partenogênese, os especialistas consideraram a possibilidade de a fêmea ter sido fertilizada antes de chegar ao zoológico, com o esperma permanecendo incubado até então. A equipe decidiu estudar o DNA dos filhotes, mas concluiu que, de fato, a espécie de lagarto havia se reproduzido sozinha.
Entretanto, o estudo explica que apenas 47% dos 64 ovos recuperados eram férteis — desses, dois eclodiram em filhotes saudáveis. Dada essa baixa taxa de sucesso, os pesquisadores teorizam que a partenogênese do dragão-d’água-chinês foi acidental.
Fonte: Portal Revista Galileu – 8/6/2019.
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