A construção de hidrelétricas na Amazônia preocupa muita gente.
Apesar da previsão contratual de investimentos de mitigação dos danos causados, esta ação vem sendo considerada insuficiente.
Dois mil quilômetros quadrados da Bacia do Tapajós foram alagados. Uma imensa floresta foi destruída.
Acredito que o impacto de uma hidrelétrica não pode ser resumido ao tamanho de seu reservatório ou à população das áreas inundadas. O maior impacto é o desmatamento associado às obras.
Um estudo que conheci recentemente, de colegas Biólogos, descreve que o Brasil abriga 12% da água doce do mundo e 72% estão na Bacia Amazônica. Acrescenta ainda a monografia, que o pulso de cheias dos rios influencia um complexo ciclo de vida. A vegetação libera cerca de sete trilhões de toneladas de água por ano na atmosfera e 44% deste fluxo seguem para outras regiões da América do Sul.
O trabalho propõe a preservação integral dos Rios Purus e Juruá.
No Bioma Amazônia já estão mapeadas 474 áreas prioritárias para conservação, mas todas sem proteção legal.
Este é o Brasil.
Na foto, a Bacia do Teles Pires: os desmatamentos certamente diminuirão o volume de chuvas.
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