Reino Unido acompanha Japão, Suécia e Holanda e proibirá, em 2030, a venda de veículos a gasolina e a diesel. Fabricantes se mobilizam para atender à demanda.

A transição está sendo muito mais rápida do que se imaginava. Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, anunciou na semana passada que a proibição das vendas de carros zero-quilômetro com motor a gasolina, a diesel ou a gás será antecipada. A ideia inicial era que as restrições tivessem início entre 2035 e 2040. Agora, Johnson quer acabar com os automóveis novos com motor a combustão já em 2030 — daqui a apenas dez anos, portanto.

A transição está sendo muito mais rápida do que se imaginava. Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, anunciou na semana passada que a proibição das vendas de carros zero-quilômetro com motor a gasolina, a diesel ou a gás será antecipada. A ideia inicial era que as restrições tivessem início entre 2035 e 2040. Agora, Johnson quer acabar com os automóveis novos com motor a combustão já em 2030 — daqui a apenas dez anos, portanto.

Ainda que as vendas dos carros 100% elétricos no Reino Unido estejam crescendo rapidamente, estes veículos representam hoje apenas 7% da frota de carros novos, enquanto os híbridos são 25%. Marcas como Honda e Toyota, que têm fábricas na Inglaterra e no País de Gales, respectivamente, afirmam que não há como fazer a transição tão rapidamente para os 100% a bateria. Daí que alguns parlamentares britânicos estão propondo uma tolerância um pouco maior para os carros híbridos: 2035.

Como o Reino Unido, muitos países estão apertando seus prazos para proibir a venda de novos carros com motor a combustão. A Noruega já estabeleceu 2025 como último ano dos zero-quilômetro a gasolina ou a diesel em suas concessionárias. Holanda, Suécia, Eslovênia, Irlanda e Israel farão a transição em 2030. A Dinamarca vai além: quer não apenas proibir as vendas em 2030 como, em 2035, retirar de circulação os automóveis convencionais. O Japão quer banir das lojas os veículos a gasolina e a diesel até meados da década de 2030.

Califórnia: 2035 é o limite

Dezenas de cidades, estados e províncias vão estabelecendo suas próprias datas de transição. O estado da Califórnia, nos EUA, e a província canadense de Quebec já anunciaram que vão proibir as vendas de carros novos a combustão em 2035. Paris vai banir os veículos a diesel de suas ruas a partir de 2025.

O projeto piloto mais importante é o de Hainan, a menor província da China. A ideia é que, até 2030, toda a frota dessa ilha com 9,3 milhões de habitantes seja de veículos elétricos (alimentados, principalmente, por energia solar e energia eólica). Se der certo, é provável que o país inteiro siga pelo mesmo caminho.

Este mês, Hakan Samuelsson, diretor executivo da Volvo, disse que banir de vez os veículos a gasolina e a diesel é melhor do que oferecer subsídios para estimular as vendas de modelos “a bateria”. A Volvo estima que, em 2025, 50% de suas vendas sejam de carros totalmente elétricos – a outra metade será de híbridos.

Já a Volkswagen espera vender 1,5 milhões de carros 100% elétricos, de sua nova linha ID., até 2025 (a previsão anterior era de 1 milhão).

Enquanto isso, no Brasil…

O Brasil, enquanto isso, não tem demonstrado grandes pretensões na área.

— O país corre o risco de ficar isolado. Sem carros elétricos, nosso parque produtivo ficará obsoleto e vamos cair mais posições no ranking de países produtores de veículos. O governo deveria estar preocupado em promover essa transição — alerta Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Fonte: Jornal O Globo  –  9/12/2020.

Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/carros/transicao-para-carro-eletrico-ganha-velocidade-no-mundo-24788434#:~:text=Calif%C3%B3rnia%3A%202035%20%C3%A9%20o%20limite&text=O%20projeto%20piloto%20mais%20importante,energia%20solar%20e%20energia%20e%C3%B3lica).